domingo, 12 de julio de 2009

Novas Racionalidades na docencia universitária: a intuição como forma de sentir/saber/fazer. Marcelo Silva da Silva

Professor de Educação Física, Dr.em Educação. Professor do Curso de Educação Física da Feevale/Novo Hamburgo/RS-Brasil
marcelao_rs@yahoo.com.br

O artigo que apresentarei no congresso ALAS é parte da discussão que desenvolvi em minha tese de doutoramento em educação, fruto do estudo realizado no campo da docência universitária, explorando as fronteiras e os intercruzamentos entre a razão e a emoção; o vivido e o observado; o teórico e a prática; os saberes profissionais e a intuição docente. Hoje se vive um momento de transição paradigmática (Sousa Santos, 2002), e que um de seus aspectos representa a busca por uma nova forma de ler e interpretar o mundo, através de outra ciência, fundamentada em uma nova concepção de conhecimento, por isso, sabemos, ou sentimos, que é necessário investir em novas racionalidades no campo da formação profissional.


A lógica de atuação e formação profissional dos docentes universitários, historicamente esta baseada em uma racionalidade técnico-científica, que cada vez mais destacasse como um limitador do crescimento profissional, inibindo o surgimento de novas estratégias de atuação mais sensíveis e fundadas em um paradigma emergente onde o objetivo maior do conhecimento científico é tornar-se um novo senso comum emancipador. O foco principal da discussão que apresento gira em torno da formação profissional, mais especificamente, sobre formadores de novos profissionais, os docentes universitários. Por meio do estudo buscamos aprofundar os conhecimentos sobre quais são os saberes profissionais constituídos no saber-fazer cotidiano dos educadores e dos futuros profissionais e como a intuição esta presente nesse contexto. O caminho teórico percorrido aborda uma breve discussão sobre o contexto da formação universitária, a descrição dos saberes profissionais docentes e por fim abordamos a possibilidade da intuição como forma de sentir/saber/fazer, fundado em outra racionalidade, como elemento necessário à atuação e formação dos profissionais, em especial dos profissionais de Educação Física. A argumentação teórica fundamentasse, principalmente, nos seguintes autores: Cunha (1998); Leite [Org.] (1999); Garrido; Cunha; Martini [org.] (2002); Tardif et al (1991); Tardif (2002); Tardif; Gauthier (1996); Borges (1995); Claxton & Atkinson (2002); Larrosa (2002); Maturana (2001; 2002); Viera Pinto (1979); Sousa Santos (1995), (2002). Podemos concluir por meio do estudo que no campo da formação universitária a racionalidade técnico-científica ainda é muito forte, mas encontramos docentes que vivenciam e defendem a importância de investir em novas formas de ensinar e de fazer, baseadas em um razão sensível, utilizando-se da intuição como uma forma de sentir/saber/fazer que precisa ser resgatada e valorizada, no contexto da prática e da formação.

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